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Este homem salvou o Santo Sudário do fogo e algo extraordinário aconteceu

vigile del fuoco sindone

Il vigile del fuoco che ha salvato la Sindone.

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Gelsomino Del Guercio - publicado em 27/04/22
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Há 25 anos, a catedral de Turim foi atingida por um incêndio que poderia ter destruído o Sudário, mas um bombeiro de folga o salvou. Ele conta novos detalhes daquela noite incrível e como o resgate do tecido sagrado mudou a vida dele

Era a madrugada de 11 para 12 de abril de 1997: um incêndio atingia a catedral de Turim e o fogo ameaçava arrasar o Santo Sudário. A imagem do bombeiro com o rosto transfigurado pelo medo e pelo cansaço tentando salvar uma das relíquias mais importantes para os católicos, deu a volta ao mundo. Esse homem era o bombeiro Mario Trematore, agora aposentado. 

"Vesti uma velha jaqueta de montanha"

Na mente de Trematore, aquela noite, de 25 anos atrás, ainda está viva. “Eu estava em casa com minha esposa, não estava de plantão. Por 40 anos vivemos perto da igreja da Grande Mãe de Deus, e foi minha esposa quem viu o fogo da janela. Liguei para a sede [dos bombeiros], eles me disseram que havia um incêndio entre o Palácio Real e a Catedral. Vesti uma velha jaqueta de montanha, que tinha o emblema dos bombeiros no braço, e imediatamente corri em socorro dos meus companheiros", disse Mario ao Corriere di Torino (8 de abril)

"Nós quebramos a redoma com o ferro"

Os bombeiros entenderam que o risco de colapso da cúpula da capela de Guarino Guarini, onde estava a relíquia, era grande. Ao cair, os blocos de mármore despedaçariam o relicário com o Santo Sudário. "Entramos na Sé, com os pedaços de ferro rompemos a redoma, apanhamos o Sudário e saímos com pressa: foi uma emoção indescritível".

Turim barroco

Há uma imagem de Mario Trematore que deu a volta ao mundo: aquela em que ele aparece com Santo Sudário salvo, saindo da catedral. “Nesses momentos, você só pensa em controlar o fogo e não morrer. Mas eu conhecia o valor do tecido sagrado: na Universidade fizera um curso sobre o caminho secular e religioso do Barroco de Turim. Lembro que fui ao Duomo porque queria fotografar o Sudário. Obviamente não foi possível e eles me aconselharam a comprar algumas fotos. Comprei algumas e ainda as tenho. Por isso sabia o quanto era importante salvá-lo: não só pelo seu valor religioso, mas também pelo seu valor histórico-cultural", afirmou Trematore.

O grupo Mandylion

Após o incêndio, algo dentro de Mario mudou. Ele nunca havia sido um praticante da Igreja, mas tinha muita fé. O resgate do Sudário, no entanto, o deixou abalado. Por isso, ele começou uma jornada interior. “Eu segui um caminho, mas não me tornei um santo, como alguns podem pensar. Fundei um grupo chamado Mandylion, que em grego antigo significa tela, como o Sudário. Nos encontramos uma vez por mês. Nosso guia espiritual é um sacerdote do santuário de Nossa Senhora da Consolação", explicou.

O melhor dia para Mario

O Santo Sudário foi salvo em um dia que marcou Mario para sempre. Mas ele confessa ao Corriere di Torino que houve um dia ainda mais importante em sua vida. "Em 8 de junho de 1982. Eu também estava na igreja, mas neste caso estava esperando minha futura esposa no altar. Quando vi a Rita entrar pensei em como ela era linda e como eu tinha sorte. Aquele foi o melhor dia da minha vida. Eu também não esqueço quando minha filha nasceu", afirmou.

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