O milagre da liquefação do sangue de São Januário se repetiu pela primeira vez em 2022 neste domingo, 1º de maio, em Nápoles. De fato, o fenômeno costuma ocorrer a cada ano em três ocasiões: no primeiro domingo de maio, na festa de São Januário em 19 de setembro e no 16 de dezembro. Essa última data recorda o milagre de 1631, quando, pela intercessão de São Januário, evitou-se uma tragédia após a erupção do vulcão Vesúvio.
A liquefação neste fim de semana aconteceu já na véspera, 30 de abril, e dom Domenico Battaglia, arcebispo napolitano, confirmou a nova ocorrência do fenômeno logo antes da tradicional procissão da relíquia pela cidade italiana:
Dom Domenico também fez menção à dolorosa pandemia de covid-19, que ainda não está superada:
Milagre do sangue de São Januário
Um relicário que permanece custodiado na catedral de Nápoles guarda o sangue de São Januário em estado sólido.
O fenômeno da liquefação do sangue tem sido registrado desde nada menos que o ano de 1389, quando foi testemunhado pela primeira vez. Desde então, nunca se chegou a nenhuma explicação científica sobre o caso.
O milagre não é reconhecido oficialmente pela Igreja, mas é extremamente popular e aguardado localmente. Quando acontece, os fiéis o consideram bom sinal para Nápoles e para a região da Campânia.
Já quando não ocorre, é interpretado popularmente como sinal de que algo ruim está para acontecer. De fato, para mencionar alguns exemplos, o sangue do santo não se liquefez em alguma das três datas destes anos: