A Arquidiocese de Natal, RN, está prestes a dar um grande passo para a sustentabilidade e um belo exemplo de cuidado com a "casa comum". A partir do mês de julho todas as suas paróquias serão abastecidas com energia solar fotovoltaica, que é a energia elétrica produzida a partir da luz do sol.
Neste sistema, quanto maior a incidência de radiação solar sobre as placas, maior a quantidade de energia elétrica gerada. Trata-se, portanto, de uma matriz energética limpa, renovável e sustentável.
O projeto
A implantação deste tipo de energia na arquidiocese começou em 2019, com a instalação das placas que captam a luz do sol na Catedral Metropolitana de Natal. Outras cinco paróquias participaram da fase inicial, com capacidade para gerar 30 mil quilowatts.
Depois, a economia financeira e a eficiência energética alcançadas fizeram com que a arquidiocese expandisse o sistema para mais 13 paróquias.
Ao site da CNBB, o secretário de economato da Arquidiocese de Natal, Ítalo Nogueria, explicou: “A instalação [das novas placas] teve início no final de abril e a conclusão está prevista para 30 de junho, quando entram em operação. Com mais 30 dias, a energia passará a ser distribuída para todas as paróquias do território arquidiocesano”.
A Igreja potiguar tem 114 paróquias localizadas em 88 municípios da Grande Natal e do interior. A estimativa é que a implantação da energia solar fotovoltaica gere uma economia de R$ 1,5 milhão por ano. Esse dinheiro será revertido para ações sociais e pastorais.
O cuidado com a "casa comum"
A iniciativa da Arquidiocese de Natal é um belo exemplo do cuidado com a "casa comum" amplamente exortado pelo Papa Francisco em sua encíclica Laudato Si'.
Nessa carta encíclica, o Pontífice fala sobre ecologia, o cuidado com a criação, além do esforço necessário para unir a sociedade na busca pelo desenvolvimento sustentável e integral do planeta.
Vale ressaltar que o Vaticano começou a adotar o sistema de energia fotovoltaica em 2016.