A ditadura de Cuba prendeu a opositora Sonia Álvarez Campillo quando ela estava a caminho da Santa Missa deste domingo, 16 de outubro, para rezar pelos presos políticos na ilha, em especial pelo próprio esposo, Félix Navarro, e pela filha Saily Navarro.
Sonia permanceu detida irregularmente durante cerca de duas horas e foi liberada após pagar uma multa de 150 pesos, conforme ela mesma denunciou via rede social, assumindo os riscos de questionar publicamente o governo comunista.
"Pátria e vida", acrescentou, encerrando sua denúncia.
O marido e a filha de Sonia, Félix e Saily Navarro, foram condenados em março a, respectivamente, nove e sete anos de prisão por se oporem ao regime comunista que martiriza a ilha desde 1959. Ambos participaram das marchas históricas de 11 de julho de 2021. Félix, como "agravante", é membro do Partido para a Democracia Pedro Luis Boitel, de aberta oposição à ditadura cubana.
Sonia Álvarez já tinha sido assediada e detida em outras ocasiões pela ditadura de Cuba quando estava a caminho da Missa. Em 18 de setembro, ela tinha também registrado:
Sonia faz parte do movimento Damas de Branco, integrado por mulheres cubanas que trabalham pela libertação dos presos políticos e pela democracia no país. O movimento foi fundado na assim chamada "Primavera Negra" de 2003, quando Fidel Castro prendeu 75 opositores e os condenou sumariamente a penas duríssimas, de até 30 anos de prisão, pelo simples fato de serem opositores.
Félix Navarro já estava entre os condenados naquela mesma operação.