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Como a minha avó faz da velhice a fase mais emocionante da vida

colorful senior grandmother having fun
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Michael Rennier - publicado em 13/02/23
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Minha avó não encara os anos de aposentadoria com medo: ela os vê como uma oportunidade

Quando minha avó tinha cerca de 50 anos, ela começou a fazer aulas de piano. Sua peça favorita sempre foi “Turkey in the Straw”, e tenho boas lembranças dela tocando para mim quando eu era criança. Ao longo do ano ela foi se aprimorando e, como eu também estava aprendendo a tocar piano na época, aprendemos vários duetos.

Ela não decidiu aprender a tocar piano por um capricho aleatório. “Minha mãe era muito boa no piano”, diz ela. Então, para a minha avó, o piano é um elo com a sua própria infância e as memórias da família reunida em torno do instrumento. Para ela e para mim, tocar piano é uma fonte de juventude. 

Cerca de uma década depois, minha avó se juntou a um grupo dos Cavaleiros de Colombo que ia a eventos da igreja e divertia as crianças. Eles faziam isso se fantasiando de palhaços. Ela se fantasiava, praticava alguns truques de mágica e fazia a maquiagem do rosto. Todas essas habilidades eram novas para ela.

Minhas memórias estão todas confusas, mas consigo me lembrar que, entre os anos de aposentadoria, piano e palhaçada, ela também aprendeu kickboxing, a fazer cartões ilustrados e vários artesanatos.

“Você deveria continuar aprendendo coisas novas”, diz ela.

Aprender à medida que envelhecemos

Não importa se o que você aprende parece bobo. Não importa se você aprende apenas algumas canções simples ao piano e nunca evolui. O objetivo é se divertir, rir muito e experimentar coisas novas. Minha avó não vê encara os anos de aposentadoria com medo. Ela os vê como uma oportunidade.

De fato, estudos mostram que permanecer criativo na velhice ajuda as pessoas a viver de forma independente por mais tempo. E você nunca é velho(a) demais para aprender. Uma equipe de pesquisa realizou um experimento no qual adultos mais velhos se matricularam em três a cinco turmas de nível universitário durante um semestre. No final do período, suas habilidades cognitivas melhoraram muito. Os pesquisadores afirmam que esse período de tempo foi como rejuvenescer o cérebro em 30 anos.

Mas atenção: manter-se criativo e engajado deve fazer parte de todas as fases da vida. O objetivo não é ceder à expectativa irreal de permanecer jovem para sempre. Em vez disso, é apaixonar-se por sua vida, repetidamente, todos os dias, renovando e revigorando à sua maneira.

A velhice deve ter a mesma emoção que a juventude

Cada época da vida é uma época, e mesmo que na velhice a criatividade pareça mais modesta e menos ambiciosa, ela não deixa de ser valiosa e digna. Por ser temperada pela sabedoria dos anos e liberada das expectativas sociais que muitas vezes acompanham a juventude, nossa criatividade na velhice pode realmente ser melhor do que na juventude. Os interesses não são tão estritamente focados na carreira e na criação dos filhos; eles podem se alargar. Tornamo-nos exploradores!

Para esclarecer alguns detalhes deste ensaio, falei com minha avó por telefone. Depois de conversar, ela me mandou uma mensagem com mais algumas coisas que havia esquecido de mencionar, acrescentando: “PS: o fato de eu estar enviando uma mensagem de texto para você significa que aprendi algo novo”.

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