O Papa Francisco pretende "retornar à Argentina" em 2024, pela primeira vez desde o início de seu pontificado, confiou ao escritor e jornalista suíço Arnaud Bédat, recebido em audiência em 22 de abril de 2023. Ele explicou que queria esperar até o final das eleições presidenciais na Argentina - em 22 de outubro - antes de retornar ao seu país de origem.
Arnaud Bédat disse a I.MEDIA que ele foi recebido por cerca de vinte minutos no Palácio Apostólico pelo pontífice, que lhe disse que queria ver sua família e amigos novamente. O Papa lembrou-lhe que em 2013, antes de sua eleição, ele havia deixado Buenos Aires provisoriamente - com as chaves da arquidiocese, assim como suas homilias da Semana Santa. "E quando entrei no avião, pensei que voltaria muito em breve", explicou ele com um sorriso ao jornalista.
Evitar período eleitoral
O pontífice também anunciou sua intenção de voltar à Argentina para um jornalista argentino, Morales Solá, do diário La Nacion. Ele lhe disse que queria anunciar sua viagem agora para que sua visita não fosse explorada por um partido político. A Santa Sé tem o hábito de evitar qualquer viagem a um país durante um ano eleitoral para evitar qualquer exploração política.
No passado, o Papa Francisco havia planejado uma viagem a seu país em 2017, em uma viagem conjunta com o Chile e o Uruguai, mas teve que adiá-la por causa das eleições no Chile. Quando ele retornou à América Latina para uma viagem ao Chile e ao Peru em 2018, uma viagem à Argentina não era mais possível.
Outra viagem foi anunciada em 2016, por ocasião do Congresso Eucarístico em Tucumán, mas não se concretizou.
Arnaud Bédat é próximo à irmã do Papa – Maria Elena – e seu sobrinho José Ignacio, que ele conheceu ao escrever seu livro "François l'Argentin. Le pape intime raconté par ses proches" (Pygmalion 2014). Ele é também o autor de "François, seul contre tous", publicado por Flammarion em 2017.