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O profeta “é cada um de nós”, diz o Papa no Angelus

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I. Media - publicado em 03/07/23
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O profeta não é "uma figura do passado", continuou o pontífice, "ele é cada um de nós". Ele explicou: "Pelo batismo, todos nós recebemos o dom e a missão da profecia". Entenda:

Todos os cristãos, mesmo os "mais simples", são "portadores de uma mensagem de Deus", disse o Papa Francisco durante a oração do Angelus em 2 de julho de 2023. Da Praça de São Pedro, o Papa pediu a todos que levassem "um pouco de sua luz para a vida de alguém".

Em sua meditação, o Papa refletiu sobre a figura do "profeta", que não é "uma espécie de mágico que prevê o futuro". "Essa é uma ideia supersticiosa, e os cristãos não acreditam em superstições, como mágica, cartas, horóscopos ou coisas do gênero", advertiu o 266º papa, gracejando: "Muitos cristãos vão ter suas mãos lidas… por favor!"

O profeta não é "uma figura do passado", continuou o pontífice, "ele é cada um de nós". Ele explicou: "Pelo batismo, todos nós recebemos o dom e a missão da profecia", que consiste em ajudar "os outros a ler o presente sob a ação do Espírito Santo […], a compreender os planos de Deus e a corresponder a eles". "O profeta é um sinal vivo que mostra Deus aos outros, um reflexo da luz de Cristo no caminho de seus irmãos e irmãs", acrescentou o Papa Francisco.

Espírito

Na Igreja, insistiu o Papa, "é bom ouvir a todos" porque "o Espírito distribuiu os dons da profecia entre o santo povo de Deus". Quando "uma decisão importante precisa ser tomada", o pontífice de 86 anos recomendou "ouvir e dialogar, confiando que todos, mesmo os mais simples, têm algo importante a dizer, um dom profético a compartilhar".

De forma mais ampla, seja "na família, na paróquia, na comunidade religiosa, em outras esferas da Igreja e da sociedade", o Papa Francisco nos incentivou a acolher uns aos outros como "portadores de uma mensagem de Deus". "Pensemos no número de conflitos que poderiam ser evitados e resolvidos dessa maneira, ouvindo os outros com um desejo sincero de entender uns aos outros", disse ele, pedindo que não aceitemos apenas aqueles que "dizem o que gostamos".

O bispo de Roma também deixou perguntas à multidão: "Falo e, acima de tudo, vivo como uma testemunha de Jesus? Levo um pouco de sua luz para a vida de alguém? Sei como receber irmãos e irmãs como dons proféticos? Acredito que preciso deles? Eu os ouço com respeito, com o desejo de aprender?"

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