Uma pesquisa encomendada pelo jornal nicaraguense Confidencial à empresa CID Gallup, da Costa Rica, apontou a Igreja Católica como a instituição de maior credibilidade na Nicarágua, apesar do sistemático empenho do ditador Daniel Ortega em manchá-la com acusações ideológicas de traição à pátria.
O regime de extrema-esquerda encabeçado pelo ex-guerrilheiro sandinista tem promovido uma perseguição crescente contra a Igreja desde pelo menos 2018. Sua narrativa é de que a Igreja faria parte de um complô antidemocrático.
A pesquisa em questão entrevistou 823 pessoas entre 14 e 20 de junho, com margem de erro de 2,93% e nível de confiança de 95%.
Entre os resultados, 48% dos respondentes consideram a Igreja Católica a instituição mais confiável da Nicarágua, enquanto a presidência do país teria 26% de credibilidade.
Quanto ao governo de Daniel Ortega, 61% disseram desaprová-lo, ao passo que 29% o aprovam e 10% não responderam ou declararam não saber. Além disso, 56% afirmaram que a corrupção aumentou nos últimos seis meses, enquanto 23% consideram que se manteve no mesmo nível e 13% opinaram que diminuiu.
De fato, segundo o mais recente Índice de Percepção da Corrupção (IPC), a Nicarágua é vista como o país mais corrupto da América Central continental e o terceiro pior da América Latina inteira, só atrás da Venezuela e do Haiti.