São Joaquim e Santa Ana são venerados pela Igreja como os avós de Jesus, já que foram os pais da Santíssima Virgem Maria.
Pouco se sabe sobre suas vidas, pois eles não são mencionados nas Sagradas Escrituras. O pouco que sabemos é o que nos chegou por meio de um texto piedoso do ano 145, chamado de Protoevangelho de Tiago. É ele quem cita os nomes dos avós de Jesus como sendo Joaquim e Ana.
A Igreja os venerou como santos desde os primeiros tempos e, ao longo dos séculos, dedicou-lhes várias datas no calendário litúrgico.
Segundo a Enciclopédia Católica, São Joaquim foi homenageado muito cedo pelos gregos, que celebram a sua festa em 9 de setembro, dia seguinte à natividade da Santíssima Virgem. Os latinos demoraram a admiti-lo em seu calendário, onde ele encontrou lugar ora em 16 de setembro, ora em 9 de dezembro. Atribuída pelo Papa Júlio II ao dia 20 de março, a solenidade foi suprimida cerca de cinquenta anos depois, restaurada por Gregório XV em 1622, fixada em 1738 por Clemente XII no domingo após a Assunção e classificada por Leão XIII em 1879 entre as celebrações da segunda classe.
Santa Ana teve menos datas no calendário, inclusive 26 de julho. No Oriente, a sua festa é celebrada em 25 de julho, que pode ser o dia da dedicação da sua primeira igreja em Constantinopla ou o aniversário da chegada de suas supostas relíquias a Constantinopla em 710. A sua festa, sob a influência da “Lenda Dourada”, é encontrada no século XIII pela primeira vez no dia 26 de julho.
Assim como o novo calendário litúrgico juntou as suas festas em 26 de julho, a Igreja Oriental também celebra uma festa coletiva de São Joaquim e Santa Ana no dia 9 de setembro. Esta festa é conhecida como a Sinaxis de São Joaquim e Santa Ana, enfatizando a sua ligação com Maria por ocasião da celebração da sua natalidade, em 8 de setembro.
O Papa Francisco aproveitou a festa de São Joaquim e Santa Ana em 26 de julho para celebrar nessa mesma data o Dia dos Avós e a sua contribuição para a sociedade.
