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Pais da bebê Indi Gregory resolveram batizá-la após sentirem “assédio do inferno” nos tribunais

Indi Gregory

Indi Gregory, junto aos pais, Dean Gregory e Claire Staniforth, recebeu o batismo no hospital

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Francisco Vêneto - publicado em 13/11/23
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A bebê de 8 meses teve sua morte acelerada por imposição da "justiça" britânica, à revelia dos apelos de seus pais

Dean Gregory, pai da bebê Indi, de 8 meses, não se considera religioso. Mesmo assim, ele e a esposa, Claire Staniforth, decidiram batizar sua filhinha depois de sentirem o que Dean descreveu como "assédio do inferno" durante a extenuante batalha judicial que a família enfrentou. O casal suplicava à "justiça" britânica que fosse ao menos respeitado o direito da pequena de ter uma morte natural, em vez de acelerada pelo desligamento forçado de seu suporte vital.

Indi sofria de uma doença mitocondrial atualmente incurável, que impedia as suas células de produzirem energia. Ela estava internada no Queen’s Medical Center (QMC), em Nottingham, no Reino Unido, mas os médicos responsáveis pelos seus cuidados preferiram dirigir-se aos tribunais e solicitar da "justiça" britânica o desligamento dos aparelhos de suporte vital à pequena. Para eles, declaradamente, o tratamento fornecido a Indi era inútil. Os magistrados acataram o pedido dos médicos e decretaram que os aparelhos de Indi fossem desligados à revelia dos apelos de seus pais.

Dean e Claire eram perfeitamente conscientes de que as chances de cura de Indi eram praticamente nulas no atual estágio da ciência. No entanto, queriam exercer o seu direito, teoricamente inquestionável, de tentar sob sua própria responsabilidade um tratamento experimental na Itália, oferecido por um dos melhores hospitais pediátricos do mundo: o Bambino Gesù, do Vaticano.

Mas a "justiça" negou o pedido de transferência da bebê. Em último caso, os pais de Indi pediam que, pelo menos, a morte da pequena acontecesse de modo natural, sem ser provocada por uma intervenção humana imposta judicialmente com base numa ideologia utilitarista - e, em essência, nazista. Novamente, a "justiça" britânica sentenciou a morte desse direito parental.

Indi Gregory partiu para o abraço eterno do Pai nesta madrugada, pouco depois das 2h da manhã pelo horário de Londres. Seus aparelhos tinham sido desligados na véspera, conforme a imposição da "justiça". Dean se declarou "arrasado e com raiva, porque o Reino Unido condenou uma criança viva à morte em vez de aceitar a oferta da Itália de tratá-la sem nenhum custo para o governo britânico".

"Eu vi como é o inferno e quero que Indi vá para o céu"

O pai da bebê também falou dos motivos que o levaram a pedir que a filha fosse batizada no hospital, muito embora ele não seja religioso.

"Quando eu estava no tribunal, senti como se o inferno estivesse me atacando. Eu pensei que, se o inferno existia, então o Céu também deveria existir. Era como se o diabo estivesse lá. Pensei que, se o diabo existe, então Deus também deve existir".

Falando a um jornal italiano, Dean concluiu:

"Eu vi como é o inferno e quero que Indi vá para o céu. Queremos ser protegidos nesta vida e ir para o céu".

Dean também elogiou o testemunho de um voluntário cristão que visitava Indi todos os dias no hospital - e que compartilhou com a família a sua certeza de fé de que o batismo "abre as portas do céu". Em paralelo, o pai de Indi destacou a grande contribuição do apoio jurídico oferecido pela organização cristã Christian Legal Centre.

O próprio Papa Francisco fez questão de intervir diretamente, como já tinha feito nos casos de outros bebês ingleses submetidos à mesma ideologia nazista que vem regendo as decisões de magistrados britânicos perante quadros semelhantes. A respeito do caráter nazista da argumentação a que o judiciário inglês tem recorrido, não deixe de ler o seguinte artigo:

Com a irredutível obstinação dos magistrados em fazer desligar o suporte vital de Indi, o papa expressou novamente a ela e aos seus pais a sua proximidade, enviando-lhes um abraço e garantindo as suas orações "por eles e por ela". O porta-voz vaticano Matteo Bruni declarou, ainda, que o pensamento do papa se volta a "todas as crianças do mundo que, neste momento, vivem com dor ou cujas vidas estão em perigo devido a doenças ou à guerra".

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