A bióloga Letícia Cazarré se manifestou por meio dos "stories" do Instagram, nesta segunda-feira, 13, sobre o dramático e chocante caso da bebê inglesa Indi Gregory, cuja morte foi acelerada por imposição da "justiça" britânica.
Após solicitação dos próprios médicos que deveriam cuidar da pequena em vez de advogar pela sua morte, magistrados do Reino Unido atropelaram, munidos da mais repulsiva argumentação nazista, os direitos dos pais de Indi, que desejavam testar um tratamento experimental oferecido pela Itália e pelo Vaticano ou, em último caso, pelo menos garantir que a filha falecesse de modo natural em vez de sofrer o desligamento obrigatório dos seus aparelhos de suporte vital. A "justiça" negou todos os recursos da família.
Letícia e seu esposo, o ator Juliano Cazarré, têm uma filha bebê, Maria Guilhermina de Guadalupe, que nasceu com a Anomalia de Ebstein - uma rara condição cardíaca que afeta 1 em cada 10.000 bebês e provoca dificuldades de respiração, além de poder causar cianose e arritmia.
Diferentemente do tratamento utilitarista que foi dado a Indi Gregory, porém, Letícia ressaltou:
"Minha filha também depende de um respirador para viver. Ela também teve lesões neurológicas que danificaram partes do seu cérebro. Ela não consegue engolir, nem se alimenta pela boca (ainda!). Mas nenhum médico brasileiro jamais se atreveu a prever que ela não vai conseguir recuperar parte ou todas as funções. Pelo contrário, todos eles falam sobre plasticidade cerebral e todos lutam para ver Maria Guilhermina avançar cada vez mais rumo à independência".
A plasticidade cerebral a que Letícia fez menção, também chamada de neuroplasticidade, é, em resumo, a capacidade do sistema nervoso de adaptar a própria estrutura de funcionamento em resposta às circunstâncias, o que acontece ao longo de toda a vida de um ser humano, mas especialmente nos seus primeiros seis anos.