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Boas Festas ou Feliz Natal?

Noël, carte de voeux

Image d'illustration.

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François Morinière - publicado em 19/12/23
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Entenda por que muitas empresas estão proibindo os funcionários de desejarem "Feliz Natal"

Esta manhã, uma amiga responsável pelas comunicações de um grande hospital francês confidenciou a pressão que estava sofrendo em relação às mensagens internas e externas para o final do ano. Mais diretamente, sua administração proíbe qualquer pessoa de escrever “Feliz Natal ” em um cartão de felicitações ou e-mail. Num ambiente claramente anticlerical, a polícia moral está vigilante, apoiando-se numa visão restritiva do secularismo, sob o pretexto da exclusão de qualquer sinal religioso na empresa.

Uma saudação “mais inclusiva”

Gostaria de dar uma resposta curta? Peça a todos estes procuradores que venham trabalhar no dia de Natal, uma vez que este feriado “religioso” não lhes diz respeito. É realmente necessário um pouco de consistência! E podemos ver claramente o ridículo de tal atitude, mas não deixa de ser o raciocínio injusto que está na base destas posturas cada vez mais difundidas, inclusive entre os vendedores de lojas de luxo ou nas grandes empresas americanas de tecnologia, que esquecem que têm a sua sede num país onde o Presidente da República presta juramento sobre a Bíblia.  

O assunto já havia surgido em 2021, quando a Comissão Europeia tornou público o Guia prático sobre como se comunicar de forma inclusiva com a juventude internacional. O documento recomendava que se evitasse dizer “Feliz Natal”. Ao contrário: orienta a dar “Boas Festas”, uma fórmula mais geral e de conotação menos religiosa, que deveria ser considerada como uma saudação “mais aberta e mais inclusiva para as pessoas que não celebram o Natal”. 

Uma celebração da paz universal

O que era uma “recomendação” tornou-se, em muitos lugares, uma regra. No entanto, a nossa civilização tem raízes cristãs que marcam o calendário e fazem do dia 25 de Dezembro a comemoração de um acontecimento importante na história do mundo, que marcou definitivamente a nossa experiência comum durante vinte séculos. E é muito bonito que esta data se tenha tornado numa festa universal que une crentes e não crentes para celebrar a alegria, a paz e a partilha através das tradições muitas vezes repetidas de partilha de presentes.

Compreendemos que os países do mundo têm tradições diferentes que devem ser respeitadas, mas em nome de quê e de quem devemos abandonar as nossas tradições?

Resistência

Mas, por favor, resistamos a estas tentativas de enterrar a nossa cultura comum. Não hesitemos em desejar um “Feliz Natal” cheio de entusiasmo fraterno a quem já não ousa fazê-lo. São estes pequenos sinais que mostrarão que estamos vigilantes, mas sobretudo animados pela imensa alegria de saber que nos é dado um Salvador para todos os homens e mulheres deste mundo, que “inclui” todos eles em seu amor infinito.

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