O seminarista brasileiro Igor Pavan Trez, da diocese gaúcha de Frederico Westphalen, compartilhou em sua rede social uma breve, mas necessária reflexão sobre um questionamento que desafia a muitos durante a provação da doença: será mesmo que Deus vai agir?
Igor escreveu:
"Vez ou outra, escuto questionamentos do tipo: 'E se Deus não te curar? Nossas orações não terão sido ouvidas?'.
Nessa busca por cura, devemos compreender que a resposta de Deus vai além do mero pedido de alívio imediato. Se, por acaso, a cura física não se manifesta conforme nossos anseios, não é sinal de ausência do Senhor, mas, antes, um convite à confiança absoluta.
Deus, em Sua sabedoria, conhece o intricado bordado de nossas vidas. Ele não nos priva de cura por mero capricho, mas nos guia para um entendimento mais amplo de saúde, um remédio que ultrapassa o físico. A cura definitiva que Ele oferece pode se manifestar de formas que escapam à nossa visão limitada, indo além do efêmero para alcançar o eterno.
Mesmo quando o clamor por cura aparentemente permanece sem uma resposta tangível, a fé nos leva a crer que Deus age conforme Sua soberania. Ele cura não apenas corpos, mas almas; Ele não responde meramente às preces, mas tece um desígnio maior através delas. Neste entendimento, as preces não atendidas não refletem uma omissão, mas uma resposta que se desenha nos corredores do divino conhecimento".
O seminarista conclui:
"Assim, nas incertezas da cura física, depositamos nossa confiança no Pai que vê além do que pedimos, que entende melhor que nós mesmos o que é verdadeiramente vital para nossa vida. Em Suas mãos, a resposta a nossas preces é esculpida, muitas vezes transcendendo nossa compreensão, mas sempre guiando-nos para a cura que vai além do que nossos olhos podem vislumbrar".