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Irmãs clarissas passam fome por causa de seca prolongada

Crucifixo
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Francisco Vêneto - publicado em 21/12/22
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Além de comida para si próprias, elas precisam dramaticamente de apoio para continuar ajudando as pessoas que recorrem ao convento

Cinco freiras da congregação das irmãs clarissas estão passando fome por causa da seca prolongada na região de Dakar, Senegal, onde chegaram como missionárias em 2020. Além da necessidade de comida para si próprias, elas precisam dramaticamente de apoio para continuar ajudando as pessoas que recorrem ao convento - das quais não querem se afastar.

Buscando ajuda em dinheiro e em doações de alimentos, elas escreveram à Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) e relataram que o seu sustento vem do cultivo que elas próprias mantêm de amendoim, milho e painço, mas a severa falta de chuva tem inviabilizado as colheitas.

As religiosas chegaram ao país para estabelecer o convento a convite do arcebispo de Dakar, dom Benjamin Ndiaye. Enviadas pela congregação a partir da vizinha Costa do Marfim, elas ainda estão num convento provisório em Ndollor, onde, além da pequena produção agrícola, mantêm ainda uma singela fábrica de velas, pomadas e ornamentos litúrgicos.

A Igreja Católica administra uma importante estrutura de escolas, orfanatos e dispensários médicos no país, muito embora apenas 5% da população seja cristã - mais de 90% dos 17,2 milhões de senegaleses são muçulmanos. As instalações mantidas pela Igreja, no entanto, são abertas a todos os habitantes independentemente de religião.

Ao divulgar a situação das clarissas e o drama da fome na sua campanha de pedidos de apoio, a Ajuda à Igreja que Sofre também recordou que todos os apoios precisam ser sustentados pela oração, sem a qual "todo o resto é em vão".

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