"Se Deus quiser", foi a expressão do Papa Francisco ao falar de seus planos de viagem aos executivos e funcionários da empresa aérea ITA Airways, que ele recebeu no Vaticano em 14 de abril. Esta companhia italiana, que assumiu o lugar da Alitalia em 2021, trata das viagens internacionais de ida e volta do pontífice e, às vezes, de seus vôos internos para os países que ele visita.
"Vocês representam as "asas do Papa", que me permitem voar até os confins do mundo, levando o Evangelho da esperança e da paz", disse-lhes o Bispo de Roma. Saudando seu serviço "muito precioso", o pontífice de 86 anos reconheceu que a logística dessas viagens não era "fácil", citando seus "problemas de mobilidade".
Na Hungria, no final do mês
O Papa Francisco também mencionou sua próxima viagem. "Dentro de quinze dias, se Deus quiser, partirei para minha 41ª peregrinação para visitar a Hungria", disse ele. "E então haverá Marselha, Mongólia… e todas as coisas que estão na lista de espera", disse ele.
Durante seu discurso, o Papa recordou o "primeiro pontífice da história a voar numa viagem apostólica", em 4 de janeiro de 1964: seu predecessor Paulo VI havia embarcado no DC8 da companhia Alitalia. "O Papa Montini havia desejado tanto sua viagem à Terra Santa, […] ele a havia anunciado com entusiasmo e emoção aos Padres do Concílio no final da segunda sessão do Concílio Vaticano II", disse Francisco.
Este vôo, de Roma-Fiumicino a Amã (Jordânia), inaugurou as viagens papais ao redor do mundo", continuou ele, descrevendo "uma nova maneira de realizar o ministério pastoral do Papa, que permitiu ao Bispo de Roma alcançar tantas pessoas que nunca teriam podido fazer uma peregrinação a Roma".
As viagens, "parte integrante do pontificado"
O pontífice argentino também lembrou João Paulo II, que fez 104 viagens internacionais durante seus 27 anos de pontificado, esta forma de missão tornando-se "uma parte integrante do pontificado". Bento XVI continuou este trabalho pastoral, "e eu também continuei a viajar", o Papa disse, confiando que era "importante" para ele encontrar os fiéis e as pessoas de boa vontade "pessoalmente" e não apenas "através de uma mensagem ou de um vídeo".
"O Papa viaja para confirmar seus irmãos e irmãs na fé, para estar perto daqueles que sofrem, para ajudar aqueles que estão comprometidos com a paz", explicou o sucessor de Pedro. Antes de concluir: "Agradeço a vocês e continuaremos a viajar juntos enquanto Deus quiser".